segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

10 maneiras de se tirar uma 'selfie' para a glória de Deus


"Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus" (1Co 10.31).

1. Tenha um coração agradecido por poder ter uma câmera para registrar os bons momentos (Ef 5.20);

2. Nem toda foto precisa ser publicada nas redes sociais; aprenda a ser humilde e guarde para registro próprio (Pv 29.23);

3. Se você for homem, não tire fotos efeminadas, pois isso é abominável (1Co 6.10);

4. Se você for mulher, não procure seduzir as pessoas, pois grande é o prejuízo ao Reino de Deus (Pv 30.20);

5. Se estiver indo à igreja e for tentado a tirar uma foto, se lembre de que seu coração é que deve estar pronto e não seus trajes da moda, razão pela qual evite querer chamar a atenção com suas 'selfies' (Sl 51.17);

6. Se for orar, recorde sobre que você não deve desejar o louvor dos homens e, portanto, não tire uma foto durante este tempo (Lc 11.43);

7. Se você for um seminarista, lembre-se de pouco importa se você está ou não estudando, bem como quanto tempo passa lendo; procure se dedicar ao ministério, em vez de buscar o louvor dos homens (At 6.4);

8. Mulheres, por favor: bico é coisa de pato; vocês são humanas e é bastante feio aquela boca torta (Gn 1.27);

9. Homens casados: caso tire uma selfie com sua esposa, procure verificar se o ângulo da foto não está enfatizando certas partes que deveriam ser só suas - quem tem olhos para ler, entenda (Hb 13.4);

10. Não utilize as fotos para suprir sua carência emocional; lembre-se de as verdadeiras amizades não são reveladas com uma "curtida", e sim na assistência no dia da dificuldade (Pv 18.24).

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Série Homeschooling - parte 3 (Como praticar?)

 - parte 2 (O que é?)       
                       - parte 4 (A situação jurídica no Brasil)

Tendo compreendido as nuances anteriores, vamos às explicações sobre como praticar o ensino doméstico, sempre lembrando que eles não estão em ordem de importância.

Em primeiro lugar, certifique-se que entendeu o que é o homeschooling. Não adianta querer praticar sem entendimento ou começar para "tentar". Você precisa ter entendido quais são os bônus e ônus do ensino domiciliar, a fim de que possa traçar um alvo. Procure comprar livros, assinar blogs e acompanhar notícias de pessoas que ensinam seus filhos em casa, de maneira a se familiarizar com o assunto, buscando, ao máximo, entender e estar pronto para quando chegar o momento. Por favor, não inicie sem antes entender, porque não é sua vida que está em jogo, e sim a de seu filho.

Em segundo lugar, tenha a certeza de ter entendido quais atividades são mais apropriadas para o seu filho. Se seu filho possui dois anos, significa que ele não possui quatro ou seis, ok? Por mais óbvio que seja, pode surgir uma tendência de os pais desejarem "pular etapas" no aprendizado infantil. Talvez os pais creiam que o filho tem um potencial gigantesco e com isso se esqueçam de lançar boas bases, partindo diretamente para algo mais elevado. Por isso, procure entender quais atividades estão de acordo com a capacidade de seu filho - evidente que você não deve se prender à idade, mas se acautele, no intento de buscar o melhor para ele.

Em terceiro lugar, torne o ambiente domiciliar algo agradável. Crianças que estudam "fora" e frequentam o ensino formal, muitas vezes veem a escola como um "escape", um local onde podem encontrar os amigos e se divertir, e por isso, você deve fazer este local a sua própria casa. Se seu filho encarar o ambiente familiar como hostil, onde a mãe é um "carrasco" que só ensina e não brinca ou o pai chega cansado e não quer brincar, duvido que possa haver algum progresso real e que tal projeto se sustente por muito tempo. Todavia, se sua casa for um local onde seu filho deseja estar (e não só em casa, mas porque ali, possivelmente, estará na maior parte do tempo), meio caminho já será percorrido.

Em quarto lugar, faça uma planilha de estudos e/ou mantenha uma grade curricular. Salvo se você for um pai excepcional, precisará de uma planilha para acompanhar o bom progresso e planejar o que ainda virá. Ensinar em casa não é simplesmente ir à livraria, pedir livros para crianças da idade de seu filho e ir ensinando conforme orienta a cartilha. Muitas vezes os livros são defasados ou mesmo contra a boa moral e costumes, de modo que você precisa verificar o que será ensinado, em qual intensidade, com que frequência e até quando. Lembre-se: você não é apenas o genitor da criança, e sim o diretor da "escola".

Em quinto lugar, peça ajuda a pessoas mais bem qualificadas e seja humilde. Um grande problema que todo pai passa, quando inicia no ensino domiciliar, é se vangloriar de alguma forma e isso é um terrível mal. Procure se cercar de pessoas qualificadas e seja dócil para aprender. Não queira desprezar qualquer indivíduo que se diz pedagogo, somente porque você pensa que sabe muito mais do que ele. Troque experiências com pessoas que já praticam o ensino doméstico e aceite as críticas, caso elas venham; aceite, inclusive, ser censurado por seus familiares, caso eles façam alguma observação verdadeira. Talvez você queira conhecer este grupo na internet.

Em sexto lugar, busque compreender a forma como seu filho aprende. A pedagogia nos ensina que cada indivíduo aprende de uma forma diferente - ouvindo, lendo, tocando, etc. Quanto maior o número de estímulos, mais versada será a criança, certo? Bem, nem sempre. Para ilustrar, fiquei sabendo de um caso onde uma universitária simplesmente não conseguia responder perguntas negativas (por exemplo: "descreva quais elementos não fazem parte do diagrama"), entretanto, quando a professora alterava a pergunta ("descreva quais elementos estão fora do diagrama), tudo se resolvia e ela respondia sem problemas - o mesmo acontece com outras pessoas. Quem sabe seu filho aprenda muito mais quando você lê para ele; talvez ele goste de ler e recitar em voz alta; possivelmente goste de anotar tudo o que aprende; talvez conversar sobre o assunto lhe ajude a gravar mais as coisas. Independente da forma, o importante é você buscar a entender e focar nela, a fim de que o aprendizado seja mais efetivo.

Em sétimo lugar, entenda que livros não são tudo nesta vida. Livros que trazem conhecimento (diversão também é conhecimento, ok?) são importantes, mas nós não estamos mais na era (somente) do papel e caneta. Você pode ter matérias "divertidas" para seu filho, como jogar videogame, montar quebra-cabeças, passear no parque, fazer uma casa na árvore e coisas semelhantes. Cada atividade diferente é uma oportunidade de ensinar algo, como captando as missões de um jogo e demonstrando como pode ser usado na vida real; até mesmo um filme pode ensinar sobre situações que os adultos passam na vida cotidiana; a própria musicalidade e sua arte (não só a parte tocada) escrita com tempos, compassos e divisões, certamente pode ser um ótimo aliado ao aprendizado mais amplo.

Em oitavo lugar, regras são necessárias, mas não exagere. Se o objetivo é que seu filho tenha uma educação específica para sua individualidade, não surtirá efeito o cercar de meras regras criadas em manuais ou se pautar por exemplos de outras pessoas. Tudo bem seu filho ter hora para acordar e deitar, mas se a escola é em casa e ele vem fazendo bom progresso no ensino, por que o "aterrorizar" com uma inflexibilidade exagerada? Recentemente esta notícia me chegou ao conhecimento e demonstra o quão excelente pode ser um aluno, ao mesmo tempo em que se diverte tão pouco e se sente tão frustrado. Procure, portanto, ser moderado.

Em nono lugar, não confunda ensino domiciliar com autodidata. Ensinar de maneira livre não é sinônimo de deixar seu filho aprender "sozinho". Assim como o ensino domiciliar pode ser excelente nas mãos de bons pais, poderá se tornar em tragédia na mão de maus tutores. O papel do pai é guiar, facilitar e favorecer o aprendizado. Jamais deixe seu filho buscando qualquer conhecimento e estudando o que bem entender. É evidente que se ele tem maior afeições por química do que por história, você poderá focar os estudos nesta área, mas mantenha firme o empenho na boa direção em que seu filho deve andar.

Em décimo lugar, leve seus filhos para socializar e conhecer outras pessoas. Por maior que seja sua família e bem enturmada, é importante que seus filhos conheçam pessoas "diferentes" (inclusive isso lhe ajudará nas questões jurídicas). Leve seu filho ao parque o deixe conhecer outras crianças; sendo possível o matricule em alguma escola de artes ou coisa semelhante. Mostre ao seu filho que o fato de ele estudar em casa não o priva da sociedade, pelo contrário, o capacita para melhor interagir. Muitas vezes os pais possuem receio de sair de casa, com medo de que serão "perseguidos" por não enviarem seus filhos à escola tradicional, mas quando bem conversado e explicado, a receptividade pode ser boa.

Em décima primeiro lugar, cuidado ao falar sobre o homeschooling. Serei breve: é preciso tomar alguns cuidados. Tenha o cuidado com quem você fala sobre isso, pois inúmeras pessoas simplesmente não entendem a sua proposta e prontamente lhe "ameaçarão", dizendo que contarão tudo para o "juiz" e que sua vida estará "ferrada". Sei que é triste, mas é a realidade. Quando for falar, busque enfatizar os lados positivos do ensino domiciliar, em vez de ficar, somente, criticando a escola formal. Portanto, fale e compartilhe sobre o que você faz (até porque não poderá "esconder" para sempre), entretanto, com prudência e sabedoria, a fim de não criar problemas sem motivo.

Estas foram onze coisas que podem lhe ajudar a praticar o ensino doméstico. Na última parte, veremos quais são as implicações jurídicas deste tipo de ensino.

*agradeço a todos que leram previamente este texto e contribuíram com ele.

O culto online e a tentação do Diabo

Você conhece o plano de fundo deste texto olhando no retrovisor da história recente: pandemia, COVID-19... todos em casa e você se dá conta ...