quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

"O Culto Começa no Banheiro" - Educando as Crianças Para o Culto



Ter nossos filhos cultuando conosco a cada domingo pode ser tanto maravilhoso quanto terrível! Maravilhoso, porque Deus promete abençoar até mesmo os nossos bebês quando os trazemos à Sua presença enquanto adoramos com a igreja visível. Terrível, porque o comportamento deles muitas vezes atrapalha a capacidade de concentração da congregação e porque, às vezes, isso pode revelar nossas falhas na disciplina dos filhos.
Se acreditamos que as promessas de Deus são para nós e para os nossos filhos (Atos 2:39), e que o Senhor nos chama a deixar os pequeninos irem a Ele (Mc 10:14), precisamos ser pacientes com nossos filhos e uns com os outros. Precisamos ajudar uns aos outros para que isso funcione.
Uma forma de facilitar isso é ter algumas orientações para seguir durante o culto, para garantir tanto o amor por nosso próximo quanto por nossos filhos.
Uma distração que pode ser facilmente evitada é o contínuo vai-e-volta ao banheiro. Um pastor chamou uma família de sua congregação para uma reunião, afim de discutir com eles os “problemas renais” dos filhos deles. As crianças tinham, uma após a outra, atrapalhado o culto, por causa de repetidas idas ao banheiro. O “problema renal” foi logo resolvido, com a garantia de que cada criança iria ao banheiro antes que o culto começasse. Nós devemos fazer o mesmo. Uma ida ao banheiro durante o culto deve levar todos nós a pensarmos que a criança está doente, não entediada.
Se você tem filhos muito pequenos (bebês) e você já espera ter de sair para dar de mamar, niná-los ou andar com eles, sente-se atrás, e perto do fim de uma fileira, para que você possa sair com facilidade e sem fazer barulho, com o mínimo de transtorno para os outros. Outros adoradores não devem ser capazes de ouvir você saindo, mesmo que te vejam pelo canto de seus olhos. Se isso significa tirar rapidamente os seus sapatos para que eles não façam barulho no chão, faça isso!
Certifique-se de que todos em sua família que sabem ler ou contar tenham uma Bíblia e um hinário. Os pequenos não devem sentar-se folheando estes livros de brincadeira, mas devem ser gradualmente ensinados sobre como procurar os hinos e passagens das Escrituras. A maioria das crianças com mais de quatro ou cinco anos já conseguem encontrar os números dos hinos e, aos seis ou sete, devem estar tentando encontrar o texto bíblico. A prática em casa pode ajudar na preparação para o culto.
Quando a congregação se levanta, todos devem se levantar. As crianças nunca devem ser autorizadas a permanecerem sentadas ou em pé quando a congregação não está. Este comportamento aparentemente insignificante é, frequentemente, a evidência de um espírito rebelde, senão, simplesmente de preguiça! Garantir a obediência aqui enfatiza a natureza corporativa da nossa adoração.
Saiba quando é hora de sair. Até mesmo alguns poucos minutos de choro sem controle, tosse, ou briga são muito longos, e vão incomodar os outros. Também é muito tempo para permitir que a desobediência passe sem repreensão. É claro que um bebê cansado que chora não está precisando de disciplina – ele só precisa que a mamãe ou o papai, discreta e silenciosamente se dirijam para o berçário. No entanto, a criança de dois ou três anos que conversa ou se recusa a obedecer seus pais deve ser imediatamente levada a uma  área “à prova de som” e ser corrigida. Então, quando a criança estiver calma e obediente, deve retornar ao local de culto. A ação deve ser rápida e memorável. Nós devemos ter tolerância zero para desobediência.
Lembre-se também que fazer o som “Shhhh!” para silenciar uma criança é muitas vezes tão perturbador quanto o barulho que ela estava fazendo. Se seus filhos precisam ser lembrados de parar de falar, gentilmente coloque o dedo sobre seus lábios ou sobre os lábios da criança. Um alto, “Shhh!” apenas chama a atenção para o problema e muitas vezes é uma forma irada dos pais demonstrarem a sua própria frustração.
Devemos usar a discrição sobre quando retornar ao local do culto. Não importa por que tivemos que sair, nunca devemos marchar de volta durante a leitura da Bíblia, ou enquanto o pastor está orando. Se for possível, entre e saia durante um hino. Mesmo assim, pense em como fazer isso da forma mais silenciosa e menos visível possível. Nós não estamos assistindo a um jogo de futebol. Estamos adorando o Todo-Poderoso!
Uma sala de treinamento é para o treinamento. Ela fornece um local para que os pais sentem-se com seus filhos e ensinem, expliquem e corrijam, sem perturbar toda a congregação. Isso não é a mesma coisa que um berçário. Mesmo na sala de treinamento, uma criança desobediente, chorona, ou relutante, não deve ser autorizada a incomodar os outros. Ela deve ser levada para outra área à prova de som da igreja, ensinada, e quando estiver calma, trazida de volta para o culto.
As crianças devem ser ensinadas a sentar-se, voltadas para frente, sem inquietação, sem sapatear ou chamar atenção, sem colorir, e sem brinquedos. Crianças que sabem escrever podem fazer anotações simples do sermão e crianças mais jovens podem desenhar algo acerca do tema do sermão. O objetivo é que, quando vocês se sentarem para o almoço de domingo, todos eles sejam capazes de dizer sobre o que foi o sermão. Se eles não conseguem, você sabe que eles estavam “desligados” durante o culto, e ajustes devem ser feitos. Não ter nenhuma resposta quando eles são perguntados sobre o que o pastor ensinou da Palavra de Deus hoje, deve constranger nossos filhos.
Eles devem ser ensinados a manter os olhos fechados durante uma oração, como passar o prato da oferta e como levantar para a bênção. Eles devem ser ensinados sobre o que está acontecendo no Batismo e na Ceia do Senhor, e eles devem saber como se comportar durante os Sacramentos. Eles devem saber que em todas estas coisas nós estamos lidando com o Deus que deu o Seu Filho, Jesus Cristo, para nos salvar do pecado. Nós não queremos criar pequenos fariseus bem-comportados. Nosso desejo é que nós, estejamos juntos com nossos filhos aprendendo a glorificar a Deus e gozá-lo para sempre!

- por Rev. Jeff e Joan Kingswood
Fonte: Mulher Piedosas

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